CAPA ESPECIAL
Fê Medeiros
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Fotos: Divulgação
Você sempre teve uma relação próxima com o basquete desde a infância. O que te fez escolher seguir com o esporte mesmo após desistir da carreira como atleta?
Desde criança, o basquete foi mais que um esporte pra mim, era um refúgio, uma paixão verdadeira. Quando decidi encerrar minha trajetória como atleta, foi um momento difícil, mas eu sabia que meu propósito dentro do basquete não tinha acabado ali. Eu percebi que podia contribuir de outras formas: informando, inspirando, aproximando o esporte das pessoas. O amor pelo jogo nunca foi embora, e seguir nele, mesmo fora das quadras, foi algo natural. A conexão com o basquete é parte da minha identidade, e é isso que me impulsiona até hoje.
Como surgiu a ideia de criar o canal Central do Basquete e o que você mais curte nesse projeto com o Gustavo Teixeira e o Marcos Araújo?
A ideia do Central do Basquete nasceu da nossa inquietação como fãs e profissionais que amam o esporte, mas sentiam falta de um espaço que falasse de basquete com profundidade, leveza e proximidade com o público brasileiro. Eu, o Gustavo Teieira e o Marcos Araújo nos unimos com esse objetivo em comum: valorizar o basquete nacional, contar boas histórias e dar visibilidade a atletas e competições que muitas vezes são ignorados pela grande mídia. O que eu mais curto nesse projeto é justamente isso, poder fazer algo com paixão, autenticidade e com pessoas que acreditam no mesmo propósito. A nossa troca é muito verdadeira, e isso reflete no conteúdo.
Você já participou da cobertura de grandes eventos esportivos pelo mundo. Qual foi o mais marcante para você e por quê?
Tive a felicidade de estar em muitos momentos especiais, mas uma das experiências mais marcantes foi a cobertura da final da NBA. Ver de perto o que sempre acompanhei pela televisão desde criança foi surreal. A estrutura do evento, a entrega dos atletas, o impacto global que aquilo tem, é uma atmosfera que arrepia. Outro momento muito especial foi a cobertura dos Jogos Pan-Americanos, porque me conectou ainda mais com o esporte olímpico e com o sentimento de representar o Brasil. Cada evento tem sua magia, mas esses dois me marcaram profundamente pelo simbolismo e pela emoção envolvida.
Como sua formação em Educação Física influenciou sua atuação nos projetos sociais e na forma como você se comunica com o público?
A Educação Física me deu uma base sólida não só de conhecimento técnico, mas de empatia e compreensão do poder transformador do esporte. Nos projetos sociais, isso fez toda a diferença. Entender o corpo, a mente e os contextos sociais onde o esporte se insere me ajudou a trabalhar com mais sensibilidade e responsabilidade. E na comunicação, essa formação me deu uma linguagem acessível, uma escuta ativa e uma consciência do quanto representatividade importa. Saber que posso usar minha voz para inspirar e incluir é algo que levo com muito respeito.
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Com mais de 1,3 milhão de seguidores, como você enxerga sua responsabilidade como influenciador no esporte e na sociedade?
Eu vejo essa responsabilidade com muito pé no chão e com muita seriedade. Ter tanta gente me acompanhando significa que minhas palavras e atitudes têm impacto. Por isso, escolho sempre me posicionar com verdade, coerência e respeito. No esporte, tento ser uma ponte entre os bastidores e o público, mostrando não só os resultados, mas também as histórias, os desafios, os contextos. E na sociedade, busco incentivar o respeito, a diversidade, o acesso ao esporte como ferramenta de transformação. Influenciar vai muito além de números, é sobre gerar reflexão e impacto positivo.
O Central do Basquete tem crescido muito com conteúdos exclusivos e interativos. Quais são os planos futuros para o canal?
A gente tem muitos sonhos e planos! Queremos expandir ainda mais a cobertura do basquete nacional, dar voz a ligas de base, categorias femininas, projetos comunitários. Também estamos investindo em novos formatos, como documentários, entrevistas presenciais e experiências imersivas com o público. Outro objetivo é levar o Central do Basquete para eventos internacionais, com ainda mais força, e criar pontes com o basquete global. Mas o principal é continuar sendo esse espaço democrático e apaixonado pelo esporte, sempre ouvindo nossa comunidade e evoluindo com ela.
Você e a Aline se conheceram em um reality show e construíram uma família linda. Como é equilibrar a rotina profissional intensa com a vida pessoal e a paternidade?
É um desafio diário, mas também uma das coisas mais gratificantes da minha vida. Eu e a Aline temos uma parceria muito forte, baseada em diálogo, respeito e apoio mútuo. A chegada do nosso filho transformou tudo. Ele é a nossa maior motivação. Claro que conciliar viagens, gravações, compromissos e tempo de qualidade em família exige organização e escolhas conscientes. Às vezes, preciso dizer “não” a oportunidades para estar presente em momentos importantes. Mas no fim, é isso que dá sentido a tudo: poder trabalhar com o que amo e, ao mesmo tempo, construir uma base sólida e afetuosa com quem eu amo.