
CAPA ESPECIAL
Rafael Cappellari

Foto: @andersonmmacedo_ @demmacedo Modelo: @rafaelcappellari Video: @olivervideomaker_ Styling: @eduardomurari @diegobbueno Apoio: @rafaelcaetanobr
Sua trajetória começou ainda na infância, de forma quase cinematográfica. Como aquele primeiro contato com o universo fashion influenciou quem você se tornou na moda?
Eu não entendia completamente o que era “moda”, aquele primeiro contato não apenas me despertou curiosidade, mas moldou meu olhar. Cresci percebendo que a moda não era só roupa, mas linguagem. Era expressão, personalidade e atitude. Com o tempo essa sensibilidade infantil se transformou em propósito. Aprendi a enxergar pessoas antes de pensar em tendências, a buscar identidade antes de buscar estilo, a entender que se vestir é também contar uma história.
Se hoje tenho uma visão tão clara do meu trabalho, é porque aquela versão criança, curiosa, fascinada, quase hipnotizada pelo universo fashion nunca deixou de existir. Ela só amadureceu, ganhou técnica, coragem e voz. E continua guiando cada passo que dou na moda.
Você passou por outras áreas antes de retornar ao mercado fashion, como o trabalho corporativo. De que maneira essas experiências fora da moda contribuíram para sua atuação atual como modelo, ator e criador de conteúdo?
Passar por outras áreas antes de retornar ao mercado fashion foi um divisor de águas na minha trajetória. O trabalho corporativo me deu visão de negócio, disciplina e inteligência estratégica.
No ambiente empresarial aprendi a pensar em processos, metas, posicionamento e relacionamento, pilares que hoje influenciam diretamente minha atuação como modelo, ator e criador de conteúdo. Entendi como funciona a construção de marca, como comunicar valor e principalmente como entregar resultado.
Atualmente, quando estou em um set, em uma campanha ou desenvolvendo conteúdos, não penso apenas na estética, penso na narrativa, no objetivo da marca, no impacto que aquela imagem precisa gerar. Isso me torna mais consciente e preparado para colaborar como um parceiro criativo.
O projeto Fashion Trip marcou uma expansão importante na sua carreira, levando a moda para destinos icônicos ao redor do mundo. Como surgiu essa ideia e o que você busca transmitir em cada edição?
A Fashion Trip nasceu de um desejo que sempre carreguei comigo, tirar a moda do estúdio e colocá-la em movimento, conectando estilo com cultura, experiências e cenários que inspiram. A ideia surgiu de forma quase natural, quando percebi que minhas viagens não eram apenas deslocamentos, eram oportunidades de criar conteúdo com identidade, explorar estéticas diferentes e mostrar ao meu público como a moda se transforma quando muda o cenário ao redor.
Percebi que cada destino tem sua própria energia, sua própria paleta, seu próprio ritmo. E foi assim que a Fashion Trip tomou forma, um projeto que une viagem, lifestyle e moda como linguagem global.

Com mais de duas décadas de carreira, você se tornou referência pela autenticidade e pelo protagonismo na moda masculina. Como você enxerga a evolução da moda e o seu papel dentro desse cenário?
Depois de tantos anos na moda, o que mais vejo é o quanto ela mudou. No começo a moda masculina era cheia de regras e limitações, hoje ela é mais livre, mais diversa e muito mais aberta para quem quer se expressar de verdade.
Meu papel nesse processo sempre foi mostrar autenticidade. Não porque eu planejei isso, mas porque ser eu mesmo foi o que me levou adiante. Com o tempo percebi que isso inspirava outras pessoas a fazerem o mesmo.
A moda evoluiu e eu cresci com ela. Agora o meu foco é seguir contribuindo para que ela continue mais real, mais pessoal e mais verdadeira.
Você já antecipou planos para a Fashion Trip 2026. O que o público pode esperar dessa nova fase e quais são seus próximos passos como artista e criador de conteúdo?
A Fashion Trip 2026 vai marcar uma nova fase do projeto. O público pode esperar experiências ainda mais imersivas, com destinos incríveis, narrativas visuais fortes e conteúdos que conectam moda, cultura e lifestyle de forma autêntica. A ideia é ir além do look, mostrando como estilo e identidade se encontram em cada lugar do mundo.
Meus próximos passos envolvem continuar explorando essa interseção entre moda, viagem e storytelling. Quero trazer mais consistência, mais relevância e mais propósito em cada projeto, sempre valorizando autenticidade e inspiração para quem me acompanha, criar experiências que vão além da estética, histórias que aproximem o público do universo fashion de forma verdadeira e única.

Falando sobre o projeto DESconstrução, qual é a sua visão sobre a moda atual?
A moda hoje é sobre liberdade. Ninguém precisa seguir um padrão pra ser estiloso — é sobre se sentir bem e se expressar.
E o DESconstrução fala exatamente disso: moda como identidade, não como imposição. Eu amei fazer parte!
Conte-nos um pouco sobre sua experiência com o projeto DESconstrução e o que você vai levar de agregador e inovador para sua carreira e imagem através dele.
Foi uma experiência incrível! Me fez olhar pra moda de um jeito diferente.
Levo comigo o aprendizado de que imagem é atitude — e que a gente pode se reinventar sempre, sem perder a verdade no espelho.







